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Restauro e Reforma do Palácio dos Correios em Niterói

Início Restauro e Reforma do Palácio dos Correios em Niterói

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O grande desafio técnico e investigativo

O grande desafio técnico e investigativo da Dimensional foi resgatar da forma mais fidedigna possível as características originais deste belíssimo prédio, muito descaracterizado e desgastado pela ação do homem e do tempo.

O Palácio dos Correios, ou simplesmente Prédio dos Correios de Niterói, é um edifício em estilo art nouveau localizado no Centro de Niterói, no Rio de Janeiro, no Brasil. Foi inaugurado em 1914 para abrigar a sede regional da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em Niterói, então capital do Estado do Rio de Janeiro. Foi tombado como patrimônio histórico em 1990. Compõe-se de três pavimentos, possuindo dois torreões que ostentam cúpulas metálicas. Localiza-se na Avenida Visconde do Rio Branco, no Centro de Niterói, em frente à Estação Arariboia.
Antes da sua inauguração, a agência central ocupava um salão da estação das barcas da Companhia Cantareira e Viação Fluminense. Em 1912, tendo em vista o movimento postal crescente e em atendimento a reivindicações de diversas personalidades, o então presidente da República Hermes da Fonseca determinou ao seu ministro da Viação, José Barbosa Gonçalves, que atendesse ao pedido dos moradores da então capital do estado do Rio de Janeiro. Foi adquirido, então, um terreno em frente à estação das barcas, cabendo ao engenheiro e construtor Leopoldo Cunha encarregar-se da planta e da construção do Palácio dos Correios e Telégrafos, como ficou conhecido o prédio.
O monumental edifício foi o primeiro grande prédio a abrigar uma repartição pública civil do Governo Federal na cidade, inaugurado em novembro de 1914, na presença do próprio Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, em seu último ato oficial na presidência (pois, no dia seguinte, encerrava seu mandato), e seguia o padrão de grandes edificações para abrigar agências centrais e escritórios regionais dos Correios brasileiros.
Até 1986, o prédio abrigou a agência central de Niterói e a diretoria regional dos Correios no antigo estado do Rio de Janeiro. Após a extinção da diretoria, o prédio passou a ser ocupado pelo Centro de Distribuição Domiciliária Icaraí e sediou a Região Operacional.
O prédio histórico dos Correios, após passar por reforma e restauro, foi reaberto em 21 de março de 2014, no ano de seu centenário. As obras de reforma e restauro foram iniciadas em 2011 e ficaram a cargo da Dimensional Engenharia. Foram restauradas as características originais do prédio, com a recuperação de todas as fachadas e esquadrias. Por ocasião das comemorações aos 440 anos de Niterói, em novembro do 2013, foi inaugurada a iluminação monumental do prédio. O prédio dispõe de iluminação monumental, climatização e circuito interno e externo de câmeras.
O Palácio dos Correios possui área construída de 4.501,74 m² e é tombado em ambos os níveis ad referendum do Conselho Estadual de Tombamento e do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural.
O projeto manteve a destinação pública do prédio, inserindo elementos modernos de segurança, controle de fluxo, monitoramento, acessibilidade e tecnologia da informação, porém, respeitando com o ritmo, as modulações, os vãos e os espaços monumentais.
A maior dificuldade enfrentada pela Engenharia da Dimensional foi a sucessão de reformas que foram realizadas no prédio ao longo de seus 100 anos de existência que não respeitaram as características originais do prédio. Na verdade, a cultura da preservação do patrimônio histórico e da restauração dos mesmos com a busca de sua originalidade somente começou a surgir no Brasil após a década de 80.
Assim, a arquitetura do Palácio sofreu diversas agressões, como o emassamento e pintura de elementos de cobre e de mármore e a substituição de elementos decorativos e ornatos de época por materiais não compatíveis de todas as espécies.
Reverter essa situação demandou a utilização de técnicas específicas de restauração, inclusive com o emprego de pesquisadores e historiadores na tentativa de resgatar informações valiosas sobre as características originais do Palácio. Algumas técnicas específicas foram desenvolvidas in house na obra, como a forma de reprodução de mosaicos com o auxílio de modelagem computacional.
No canteiro de obras foi montado um atelier de restauração com a capacidade de criação de formas especiais para fundição in loco de elementos metálicos, execução de serviços de funilaria, além de recuperação e moldagem de elementos em gesso ou em argamassa armada.
Para garantir a durabilidade e confiabilidade do desempenho do prédio, todas as instalações hidráulicas, sanitárias, elétricas e mecânicas foram substituídas por novas, inclusive com a montagem de uma nova subestação transformadora. A impermeabilização e os telhados também foram completamente refeitos.
Em relação à estrutura, foram desenvolvidos estudos com a colaboração de consultores especializados para efetuar um diagnóstico completo de seu estado, com proposição de reforços e reconstruções de pontos específicos que não possuíam resistência compatível com as novas cargas atuantes. Nesse tocante, metade da laje do segundo pavimento, cujo modelo construtivo era uma argamassa armada apoiada sobre estrado metálico, teve que ser completamente substituída. A solução adotada foi a substituição da subestrutura metálica conjugada com a utilização de painel-wall, que proporcionou simultaneamente uma maior resistência da laje e um alívio no peso próprio da estrutura do prédio, diminuindo as cargas atuantes na fundação.
A nova ocupação do prédio privilegiou a área cultural mas manteve a continuidade dos serviços de Agência dos Correios e a sede da Região de Vendas local, o que possibilitou uma maior valorização dos espaços originalmente projetados, além de ter conservado os grandes salões originais. A edificação foi adaptada às atuais exigências das legislações e novas necessidades de uso do prédio sem, contudo, descaracterizar os aspectos da construção. Desta forma, os acessos e circulações de serviço, banheiros, vestiários de funcionários e sanitários acessíveis foram acomodados em um único salão aos fundos, com o objetivo de minimizar a descaracterização dos grandes salões.
No prédio, atualmente funciona a principal agência dos Correios na cidade e a sede da Região de Negócios que atende Niterói, São Gonçalo e região dos Lagos. Reformado e restaurado, passou a abrigar a partir de 2014 o Espaço Cultural Correios Niterói.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS
INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Dentre as inúmeras intervenções podemos destacar a restauração das cúpulas de cobre do prédio com a reforma e reconstrução das subestruturas de madeira bastante degradadas devido à existência de infiltrações, cupins e ações das intempéries (figs. 01 e 02). Em relação às pétalas de cobre que que formam as cúpulas, importante destacar que são 3.520 elementos por domo, totalizando 7.040 peças que foram individualmente numeradas, retiradas, embaladas, jateadas, tratadas, desempenadas embaladas novamente e remontadas. Como as cúpulas haviam sido pintadas, ao limpar as pétalas foi descoberto que várias delas tinham sido substituídas por elementos de ferro. Assim, se tornou necessário a criação de um molde para fundição de novas pétalas de cobre para reprodução das peças faltantes (fig 03 e 04). Para a recolocação, cada peça foi posicionada em seu lugar original, seguindo o projeto contendo a numeração de cada elemento, produzido antes da desmontagem.
Além das cúpulas, toda a cobertura do prédio precisou ter a estrutura reformada e restaurada. Parte das estruturas laterais da cobertura, constituída de peças metálicas, apresentava oxidação e precisou ser substituída, bem como a estrutura do telhado, que era constituída de peças de madeira que apresentavam problemas de desgaste devido às inúmeras infiltrações e pragas, e por isso também precisaram ter boa parte dos elementos substituídos (fig 05 e 06). As telhas foram limpas e trocadas aquelas que apresentavam problemas de integridade.

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Todas as fachadas, (5.233,97 m²) foram totalmente restauradas. As fachadas, originalmente em argamassa pigmentada, receberam pintura na cor da pigmentação original, que foi descoberta através da prospecção estratigráfica das camadas de tintas aplicadas ao longo do tempo. Foram mantidos todos os ornatos conforme a construção original, (fig 07 a 18).

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Foi montado no próprio canteiro de obras um atelier para restauração das peças decorativas, adornos e ornamentos, composta por equipe de profissionais especializados. Neste atelier foram reproduzidas e recuperadas as peças em gesso, em cobre, em ferro fundido e em argamassa estruturada, tais como balaústres, cimalhas, frisos de molduras que decoram janelas e vãos de passagem e portas, estuque em relevo das fachadas, postes, esquadrias especiais, entre outros. (fig 19 a 36).
Profissionais atuantes na produção de ornamentos: MODELADOR, FRENTISTA, MOLDADOR, FUNDIDOR. O modelador modelava na argila um projeto de ornato, o qual depois de pronto era fixado pelo frentista. O primeiro também era responsável pelo acabamento e emendas; o segundo, pelo corte e assentamento de tijolos, relevos de platibandas, cornijas, consolos, frisos “puxados”. O moldador, por sua vez, realizava moldes em gesso do modelo definido e, a reprodução de quantas cópias era necessária ficava sob encargo do fundidor. (MACAMBIRA, 1981)
Técnicas de produção artesanal: FORMA PERDIDA, TACELOS, FORMA PRENSADA.

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Nas paredes internas do prédio também foram feitas prospecções estratigráficas de modo a revelar a pintura original das salas. Uma gratificante surpresa foi a descoberta de desenhos decorativos tipo afrescos em diversos cômodos. Como a restauração de todas essas pinturas seria inviável financeiramente, devido ao budget do empreendimento, a solução vislumbrada pela Dimensional foi a recuperação de uma amostra da pintura em cada sala de 50cmx50cm, tipo uma janela histórica, e a restauração total de uma sala, se tornando um marco cultural, recompondo a pintura decorativa dos tetos, roda tetos, sancas, cambotas, roda meios e rodapés conforme a concepção original da edificação (fig 37 a 42). Para realizar este trabalho a equipe da obra contou com artistas plásticos especializados em restauração de pinturas.

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O piso hidráulico da varanda foi removido cuidadosamente uma peça de cada vez, restaurado, as peças faltantes reproduzidas e posteriormente reassentado. Os mosaicos em pastilha foram restaurados com o auxílio computacional. Os elementos decorativos foram fotografados, recompostos com o auxílio de PhotoShop, posteriormente modelados em Autocad e plotados em tamanho real. Em cima das plantas em escala 1:1 foram coladas as pastilhas, uma a uma, de forma invertida, e por trás das mesmas foi aplicada uma argamassa, criando placas de cimento que foram assentadas nos lugares originais, como se fossem um piso comum (fig 43 a 54).

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Todas as trincas das paredes estruturais da edificação foram reforçadas com manta de Fibra de Carbono e Resina Epóxi, aumentando a resistência das mesmas sem, contudo, comprometer a arquitetura do prédio. Nesse tocante estrutural, metade da laje do segundo pavimento, cujo modelo construtivo era uma argamassa armada apoiada sobre estrado metálico, teve que ser completamente substituída. A solução adotada foi a substituição da subestrutura metálica conjugada com a utilização de painel-wall, que proporcionou simultaneamente uma maior resistência da laje e um alívio no peso próprio da estrutura do prédio, diminuindo as cargas atuantes na fundação (fig 55 a 60).

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As esquadrias de madeira existentes, as fechaduras, dobradiças e cremonas foram restauradas e as faltantes substituídas por réplicas. Os pisos em peroba rosa e peroba do campo também foram restaurados (fig 61 a 68).

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O piso do primeiro pavimento, onde iria funcionar a agência, foi revestido com granito, assim como na cafeteria do segundo pavimento e nos sanitários. A claraboia na cobertura também foi totalmente restaurada (fig 69 a 86).

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As fachadas receberam uma iluminação monumental para durante a noite destacar a beleza da arquitetura do prédio, projetada com o auxílio de software computacional de modelagem luminotécnica fisicamente fundamentado, e não através de uma simples renderização tridimensional. Essa ferramenta foi fundamental para a obtenção do efeito visual final (fig 87 a 90).

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Livro do Palácio dos Correios

Link : https://www.dimensionalengenharia.com/file/Dimensional_Palacio_dos_Correios.pdf

Dimensional Engenharia

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